tag:blogger.com,1999:blog-91063416314137766912024-03-13T03:28:19.015+00:00Tudo urdidomais que o óbvioTodo Urdidohttp://www.blogger.com/profile/02377751894497149538noreply@blogger.comBlogger255125tag:blogger.com,1999:blog-9106341631413776691.post-30823030283674897162014-10-10T05:20:00.001+01:002014-10-10T05:20:50.163+01:00PT, OI, Brasil, ...<p>Chegam notícias que a PT pode ser vendida pela OI para financiar as suas operações na Brasil. E que essa venda poderá ser de 6,5 mil M€.</p><p>É caso para dizer… oi?!</p><p>Há 4 anos a PT recebeu pela Vivo 7,5 mil M€.</p><p>Agora toda a PT não vale sequer esse valor? Oi?</p><p>Incrível como as grandes empresas portuguesas se estão a eclipsar… sem que nada seja feito em relação a isso, nem que seja para evitar situações futuras. Embora por este andar é complicado que <strong>existam</strong> situações futuras, por inexistência de base!</p><br />Todo Urdidohttp://www.blogger.com/profile/02377751894497149538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9106341631413776691.post-12721139452888968112014-10-10T05:13:00.001+01:002014-10-10T05:13:55.070+01:00Somos tão bonzinhos para os estrangeiros...<p><a href="http://www.ionline.pt/artigos/dinheiro/espanhol-lider-eixo-atlantico-critica-concidadaos-dividas-portagens-portuguesas/pag/-1">Interessante</a>, quando um próprio espanhol alerta para a vergonha do comportamento dos seus concidadãos que usam as autoestradas portuguesas sem pagar.</p><p>Apesar de dizer que o problema não é das SCUTs – de facto, a introdução da via verde havia já criado um corredor fisicamente aberto – o problema ter-se-á agravado com estas, tal como na altura se previa.</p><p>Uma via sem qualquer barreira física, onde se tem que tomar um procedimento administrativo separado para concretizar o pagamento, é um convite ao não cumprimento, a não ser que a punição seja garantida e muito mais grave que o benefício do incumprimento.</p><p>Foi precisamente o que se aconteceu dentro de portas. O incumprimento passou para a máquina fiscal do estado com penalizações totalmente desproporcionais. <sup><a href="#fn1" class="footnoteRef" id="fnref1">1</a></sup> Só que tal termina no alcance da jurisdição portuguesa, que não chega a Espanha nem a outros países.</p><p>Não se percebe contudo é a passividade das autoridades. Tão duras com os seus concidadãos e mais uma vez fracas e permissivas com os estrangeiros. Deveriam ter o registo das matrículas com passagens não pagas, fossem portuguesas ou não. Neste momento os agentes têm um manancial de informação referente quer ao condutor quer ao veículo… português, e usam-nas nas operações <em>stop</em>. Porque não fazê-lo em relação às matrículas estrangeiras?</p><p>Sinais de provincianismo.</p><p>Algumas frases do artigo especialmente interessantes:</p><ul><li><em>O secretário-geral garantiu ainda que as concessionárias portuguesas como a Brisa até estão a “portar-se bem porque não estão a aplicar coimas, apenas encargos administrativos”</em>;</li><li><em>“também é verdade que durante muito tempo houve gente que se dedicou a dar a imagem [de que] em Portugal não paga ninguém”</em>.</li></ul><div class="footnotes"><hr /><ol><li id="fn1"><p>É estranho que as leis que introduziram esta realidade não tenham passado pelo cravo da anti-constitucionalidade. Hoje é uma constante, com particular relevo em aspectos como <strong>igualdade</strong> e <strong>proporcionalidade</strong>. A cobrança de algumas dívidas a entidades particulares pelo Estado carece de igualdade – já que não é aplicável às restantes – e os valores aplicados no processo não são de todo proporcionais – centenas de euros em dívidas de pouco valor.<a href="#fnref1">↩</a></p></li></ol></div><br />Todo Urdidohttp://www.blogger.com/profile/02377751894497149538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9106341631413776691.post-7205425866745081872014-10-07T19:34:00.001+01:002014-10-07T19:34:08.916+01:00Lei do tabaco 2007, uma vitória civilizacional.<img src="http://i.imgur.com/iM6XcRj.jpg" alt="image" /><p>Por muito que se possa apontar a Sócrates, há uma coisa a que lhe serei sempre grato: a lei do tabaco de 2007.</p><p>Em 2007 havia cerca de 17,2% de fumadores entre a população maior ou igual a 15 anos. Destes aproximadamente 90% eram fumadores diários.</p><p>Apesar de constituírem menos de um quinto da população, praticamente não havia locais de trabalho, restaurantes, nem sequer hospitais isentos de fumo de tabaco.</p><p>Em 2004/2005 o governo vigente preparava-se para aprovar uma lei inócua. Depois de muita discussão e expectativa criada, o resultado final seria um mero dístico que os estabelecimentos que permitissem fumar teriam de exibir. Na prática ficaria tudo na mesma.</p><p>Muda o governo, muda o projecto de lei, tornando-se mais musculado. As proibições foram alargadas, bem como os limites de fumar.</p><p>Por incrível que pareça tudo funcionou: a sociedade concordou com a lei, respeitou-a, e até houve uma redução moderada de consumo de tabaco.</p><p>Pelo contrário, não houve falências generalizadas nem qualquer apocalipse financeiro, como alguns preconizavam.</p><p>Havia algo que pareciam ignorar: sempre que havia distinção entre lugares de fumadores e não fumadores – eg. restaurantes, comboios em viagens de longa duração –, havia sempre lugar nos primeiros, mesmo quando os últimos estavam esgotados.</p><p><a href="http://www.coppt.pt/pt/attachments/077_200812_avaliacao_lei_tabaco_dgs.pdf">Um estudo posterior</a> concluiu que:</p><ul><li><p>5% dos fumadores deixou de fumar;</p></li><li><p>22% dos fumadores diminuiu o consumo, em média, 9 cigarros por dia;</p></li><li><dl><dt>a maioria dos cidadãos inquiridos é completamente a favor da proibição de fumar:</dt><dd><ul><li>98% em Serviços de Saúde;</li><li>97% em Estabelecimentos de Ensino;</li><li>93% em Outros Locais de Atendimento ao Público;</li><li>88% em Locais de Trabalho;</li><li>80% em Restaurantes;</li><li>78% em Centros Comerciais;</li><li>68% nos Cafés ;</li><li>64% nas Salas de Jogo;</li><li>61% nos Bares/Pubs/Discotecas.</li></ul></dd></dl></li><li><p>94% considera que a Lei protege a saúde;</p></li><li><p>55% dos cidadãos considera que a Lei não é uma penalização para os fumadores;</p></li><li><p>78% dos cidadãos considera que a Lei está a ser total ou moderadamente respeitada.</p></li></ul><br />Todo Urdidohttp://www.blogger.com/profile/02377751894497149538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9106341631413776691.post-20617480451183134872014-09-29T11:57:00.001+01:002014-09-29T11:57:14.888+01:00A oportunidade perdida da Escócia.<img src="http://i.imgur.com/fNIJ0s8.jpg" alt="image" /><p><strong>Sobre referendos</strong></p><p>Infelizmente as boas intenções de muitos referendos perdem-se em políticas.</p><p>A sua excessiva partidarização pode transformá-los numa “contagem de espingardas” de partidos, com o eleitorado de cada partido a votar na opção apoiada oficialmente pelo respectivo partido.</p><p>Também pecam por esconder o modelo de implementação. A pergunta à qual se deve responder sim ou não apenas define um princípio geral, que ninguém sabe com certeza como será implementado. Em Portugal, a regionalização foi um desses casos. Havia bastante apoio pró-regionalização, mas não em relação ao modelo que se propunha de 8 regiões, assentes num obscuro modelo administrativo.</p><p>Lutas de poder, de influência, ou interesses mais ou menos pessoais de líderes políticos podem ser uma outra face dos referendos.</p><p><strong>Caso escocês</strong></p><p>Dito isto, o caso escocês foi uma oportunidade perdida. Independentemente dos aspectos laterais do referendo, havia uma oportunidade para os escoceses se tornarem verdadeiramente independentes, explorarem os seus recursos autonomamente, terem a sua própria politica externa.</p><p>Existem vários exemplos de uniões e federações no mundo, com sortes díspares.</p><p>O modelo federal alemão é um caso de sucesso.</p><p>A união espanhola é um meio-termo. A era democrática em Espanha consagrou as comunidades autónomas – que sempre existiram em termos sócio-culturais – com algum sucesso em termos económicos e sociais. Catalunha, País Basco, Navarra, são algumas das comunidades mais ricas, o que de certo modo é prova que o centralismo espanhol não é causador de desequilíbrios regionais.</p><p>A união britânica é um fracasso enquanto modelo de desenvolvimento equilibrado entre nações. O Reino Unido é uma imensa Londres em primeiro, depois o resto de Inglaterra, e só depois as outras nações. Gales é uma das regiões mais pobres da Europa ocidental, enquanto a poucos quilómetros existe uma grande Londres com um rendimento per capita <strong>2,3</strong> vezes superior ao dos galeses. Dos 5 aeroportos com mais passageiros, 4 são londrinos!</p><p>A própria Escócia tem vindo a revelar um maior desenvolvimento desde que obteve mais poderes. Há vários indicadores que corroboram esta ideia. Não acredito que o Reino Unido consiga reinventar-se, descentralizar Londres, deixando de ser uma <em>extracting economy</em> como sempre foi.</p><p>A quebra do <em>statu quo</em> dar-se-ia com uma independência escocesa, posteriormente alargada à Irlanda do Norte – a juntar-se ao resto da Irlanda – e Gales.</p><p>Assim os escoceses continuarão a limitar-se a falar mal dos ingleses.</p><br />Todo Urdidohttp://www.blogger.com/profile/02377751894497149538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9106341631413776691.post-74395703681150549942014-09-28T13:25:00.001+01:002014-09-28T13:25:41.799+01:00O cúmulo da patetice.<p>"<em>Cerimónias assinalam 121.º aniversário do clube</em></p><p><em>O Estádio do Dragão é palco, este domingo, das cerimónias do 121.º aniversário do FC Porto, coincidentes com o primeiro ano de vida do museu do clube. (…)</em>"</p><p><em>in</em> A Bola</p><p>A insistência numa falsa data de fundação não é apenas uma deturpação da história, mas uma injustiça e desonestidade face aos reais fundadores. É provável que a real data de fundação volte a ser celebrada após o fim do reinado de Pinto da Costa.</p><p>Até lá, ano após ano, repetir-se-á este acto sofismável, num teatro de estupidez.</p><br />Todo Urdidohttp://www.blogger.com/profile/02377751894497149538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9106341631413776691.post-12750920985979154302014-09-17T22:49:00.001+01:002014-09-17T22:49:12.336+01:00Independência da Escócia e FUD!<img src="http://i.imgur.com/DmtIvh6.jpg" alt="image" /><p>Uma coisa que me irrita particularmente são as campanhas baseadas na instituição de medo, incerteza e dúvida (ver <a href="http://www.catb.org/jargon/html/F/FUD.html">FUD</a>). Tipicamente tais campanhas apoiam-se em mentiras e outras técnicas de desinformação.</p><p>No referendo para a independência para a Escócia tem havido muita demagogia, de ambos os lados da contenda. Os <em>pros</em> são exagerados, os <em>contras</em> são subestimados ou desprezados. Embora não se goste, é normal.</p><p>O que já é mais condenável são os aspectos <em>FUD</em> da apoiantes do <em>não</em>. A Escócia não sobreviverá independente? A Escócia não é auto-sustentável? A Escócia não poderá fazer parte da União Europeia?</p><p>Porquê? Nada disso faz sentido! A parte da integração europeia chegou mesmo a ser ridícula. Mais uma vez Durão Burroso foi cretino.</p><br />Todo Urdidohttp://www.blogger.com/profile/02377751894497149538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9106341631413776691.post-91143785274677718542014-09-10T22:35:00.001+01:002014-09-10T22:35:14.435+01:00Carlos Moedas e a estagnação europeia.<img src="http://i.imgur.com/Zkgu27E.jpg" alt="image" /><p><em>Carlos Moedas comissário europeu da Investigação, Ciência e Inovação. 10-09-2014.</em></p><p>Existem duas palavras que me vêm à mente quando penso em comissão europeia: inútil e irritante. Nos poucos espaços em que não inúteis, lançam directivas irritantes que, por regra, servem para chatear ou penalizar o comum cidadão.</p><p>Esta escolha deslinda parcialmente esse fenómeno. Trata-se de um antro de burocratas cujas funções são entregues a escolhas meramente políticas.</p><p>Não é de estranhar a (não) evolução europeia que se tem observado.</p><br />Todo Urdidohttp://www.blogger.com/profile/02377751894497149538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9106341631413776691.post-40581621945237963312014-09-10T17:37:00.001+01:002014-09-10T17:37:34.443+01:00Menos um corrupto no mundo.<p>Lamento, mas <a href="http://geracaobenfica.blogspot.pt/2014/09/morreu-antonio-garrido.html">gente desta</a> não merece mais.</p><br />Todo Urdidohttp://www.blogger.com/profile/02377751894497149538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9106341631413776691.post-51082079875786030932014-09-01T11:29:00.001+01:002014-09-01T11:29:23.661+01:00BCP/Millennium, ponto de vista dum cliente.<p>Tornei-me cliente do BCP/Millennium por “herança”. Era cliente de outro banco que foi integrado posteriormente no grupo BCP.</p><p>Em relação ao BCP, reconheço-lhes 3 vantagens face a outros bancos:</p><ul><li><p><em>homebanking</em> muito bom;</p></li><li><p>um número razoável de balcões – embora muitos já tenham fechado –, provavelmente o maior rácio balcão/cliente;</p></li><li><p>serviços “avançados” / inovadores para as épocas: já no meu banco original havia máquinas de emissão de cheques na hora, algo que se manteve no BCP e ainda hoje alguns bancos não dispõem; deposito de cheques com digitalização e pré-visualização; operações bancárias por SMS – lembro-me desta funcionalidade existir pelo menos em 2001.</p></li></ul><p>De resto não tenho propriamente boas memórias. Cobram comissões para quase tudo. O exemplo mais revoltante era 1€ por transferência <strong>nacional via internet</strong>, nem sei quanto é agora. 7€ <strong>anuais</strong> por cartão de débito, 30€ pelo VISA. Felizmente o Banco de Portugal tem imposto algumas regras para proteger os clientes – embora tardias e sempre avulsas.</p><p>A relação bcp-cliente baseia-se no modelo <em>win</em>-<em>lose</em>… respectivamente.</p><p>Apesar de ser um cliente com poucas relações com bancos, já me aconteceram algumas situações caricatas:</p><ul><li><p>Há alguns anos criaram o cliente prestige e sem mais nem menos “promoveram-me” a … isso. Quando dou por mim estava a pagar 15€ a cada 3 meses. Ainda tive que ser eu a fazer um pedido para me removerem dessa coisa que nunca pedi e, claro, fiquei a perder os primeiros 15€.</p></li><li><p>Num empréstimo de habitação disseram que se fosse cliente não pagava algumas das comissões envolvidas – sabendo eles que eu era cliente. Quando o negócio foi fechado vejo essas comissões serem-me cobradas. Questionados sobre isso, responderam que tinha de ter avisado antes (de quê?!). Descobri mais tarde que este comportamento repetia-se com outras pessoas, o que me leva a desconfiar que os funcionários eram instruídos nesta prática, de forma a roubar as comissões aos clientes, eventualmente ficando com o seu valor como prémio.</p></li><li><p>Os seguros associados ao <strong>valor</strong> da dívida desse empréstimo, que é agora metade do valor inicial, são mais caros hoje do que originalmente.</p></li></ul><p>É um banco que me anda “atravessado” há muito tempo, mas sinto que não tenho grandes alternativas.</p><p>“<em>Com banqueiros já sofri o que tinha a sofrer</em>”, Jorge Jesus</p><br />Todo Urdidohttp://www.blogger.com/profile/02377751894497149538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9106341631413776691.post-68548692386094965032014-09-01T03:30:00.001+01:002014-09-01T03:30:07.191+01:00As convicções de grupo.<p>Defino “convicção de grupo” da seguinte forma, algo matemática:</p><ul><li>uma pessoa do grupo tem uma convicção;</li><li>cada pessoa do grupo acredita em alguém do grupo.</li></ul><p>E assim se formam as crenças. Crenças em coisas que até podem não ter sentido.</p><br />Todo Urdidohttp://www.blogger.com/profile/02377751894497149538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9106341631413776691.post-5911031749931867842014-08-05T17:00:00.001+01:002014-08-05T17:00:15.983+01:00O nosso vício e a economia.<p>Se num evento existirem duas filas lado a lado, uma enorme, outra pequena, é provável que na primeira se esteja a <strong>dar</strong> algo, enquanto na segunda seja a pagar.</p><p>Não sei se outros países comungam esta atitude, mas nós sentimos uma especial abjecção pelo que se paga, que contrasta com o nosso apetite pelo gratuito.</p><p>Quando extrapolado à produção de serviços os resultados deixam a desejar: não financiamos o trabalho dos outros via pagamento, porque não gostamos de pagar, mas penduramo-nos no que é oferecido, porque gostamos do gratuito. Quando o oferecido por sua vez é financiado por outros modelos, estes tendem a colapsar naturalmente.</p><br />Todo Urdidohttp://www.blogger.com/profile/02377751894497149538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9106341631413776691.post-88169098412962045102014-07-28T02:55:00.001+01:002014-07-28T02:55:55.135+01:00O falso mito de pagar menos.<p>“<em>Se todos pagarem, todos pagam menos</em>”. Esta expressão deve ser um dos mitos urbanos mais popularizados pelos políticos em Portugal. Embora o pagamento por todos seja uma elementar questão de justiça, <strong>não é verdade</strong> que acontecendo isso, todos pagariam menos. A prova está nos factos históricos: mesmo com o alargamento da base fiscal, aumento dos valores de cobrança coerciva e recuperação de impostos, a carga fiscal continua a aumentar.</p><p>A expressão correcta é: quanto mais pagam, mais o estado gasta. Isto é simplesmente a lei de Parkinson mas com dinheiro em vez de tempo.</p><br />Todo Urdidohttp://www.blogger.com/profile/02377751894497149538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9106341631413776691.post-53310745814269747502014-07-25T15:01:00.001+01:002014-07-25T15:01:24.904+01:00Então e os jogos olímpicos?<p>Julho de 2014. Os últimos jogos olímpicos foram há 2 anos, em 2012. Onde andam agora os amantes do tiro ao arco, fosso olímpico e companhia?</p><p>O cenário repete-se a cada 4 anos. Acontecem os jogos olímpicos, Portugal envia uma delegação, a participação desportiva salda-se por maus resultados, e o país insurge-se… indignado contra a falta de brio e esforço e dedicação e tudo o mais dos atletas portugueses.</p><p>Por uns instantes parece que estamos perante os melhores adeptos do desporto olímpico. Não só acompanham as várias modalidades, como exigem medalhas! Isto num país tipicamente transparente no que a desporto diz respeito – exceptuando futebol e hóquei em patins. Ignoram que as medalhas são obtidas por atletas profissionais, participantes regulares em competições de elevado nível, o que contrasta com a generalidade do semi-amadorismo nacional, sem qualquer calendário desportivo minimamente competitivo face ao nível olímpico.</p><p>Mas os jogos acabam e rapidamente <strong>as modalidades olímpicas são devotadas ao seu tradicional desprezo</strong> em Portugal. <strong>Como agora</strong>.</p><p>Daqui a 2 anos há mais.</p><br />Todo Urdidohttp://www.blogger.com/profile/02377751894497149538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9106341631413776691.post-14622830242180669482014-07-22T20:41:00.001+01:002014-07-22T20:41:15.527+01:00Oblak.<img src="http://i.imgur.com/LHYl5c9.jpg" alt="image" /><p>Jan Oblak chegou ao Benfica em 2010, apenas com 17 anos. Durante 4 épocas esteve emprestado a outros clubes.</p><p>Lembro-me de ter reparado nele no União de Leiria (3ª ano e clube de empréstimo). Já na altura revelava bastante segurança e frieza. Creio que estas características se tornarão a sua “imagem de marca”.</p><p>Finalmente, através de um processo convoluto, foi integrado na equipa principal do Benfica na época passada, e aproveitou uma lesão de Artur, até então titular, para agarrar o lugar. Da baliza não mais vieram problemas.</p><p>Agora, num processo de sabor amargo para os benfiquistas, partiu para o Atlético de Madrid. Não tenho nada a criticar neste tipo de movimentos: cada jogador deve zelar primeiro pelos seus interesses, tal como cada clube deve zelar primeiro pelos seus. Qualquer um de nós faria o mesmo nos nossos contextos profissionais, havendo a oportunidade. Tenho pena que o Benfica o tenha aproveitado tão pouco tempo, contudo.</p><br />Todo Urdidohttp://www.blogger.com/profile/02377751894497149538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9106341631413776691.post-16411189919007029742014-07-22T15:38:00.001+01:002014-07-22T15:38:05.642+01:00Sinais de envelhecimento?<p>Segundo <a href="http://www.sabado.pt/Multimedia/FOTOS/-span--b-Sociedade-b---span--%281%29/Fotogaleria-%28982%29.aspx">a seguradora Engage Mutual, segundo a Sabado, existem 50 sinais</a> que revelam o nosso envelhecimento.</p><p>Ei-los:</p><ol style="list-style-type: decimal"><li>Gemer quando se curva: nah;</li><li>Dizer algo como “isto não era assim quando eu era novo”: nah;</li><li>Dizer “no meu tempo…”: nah;</li><li>Perder cabelo: yep, mas isso começou já quando era novo eheh;</li><li>Não conhecer nenhuma das músicas que estão no top 10 das mais ouvidas: quais são mesmo? Ok, conta como um yep;</li><li>Ficar mais peludo na orelhas, sobrancelhas, nariz, rosto: nah;</li><li>Odiar locais barulhentos: yep, mas sempre assim foi;</li><li>Falar muito sobre articulações e alimentos: nah;</li><li>Esquecer-se do nome das pessoas: é bem capaz… um yepzinho;</li><li>Preferir o conforto da roupa e sapatos em vez do estilo: yep. Mas mais uma vez, sempre assim foi;</li><li>Pensar que os polícias/professores/médicos parecem muito novos: nah;</li><li>Adormecer em frente da televisão: depende do que estiver a dar ein, mas ok… yep;</li><li>Precisar de fazer uma sesta: dá bem vontade disso, yep;</li><li>Descobrir que você não faz a menor ideia do que as pessoas mais novas estão a falar: nah – há conversas que são intemporais;</li><li>Esforçar-se para usar tecnologia: nah;</li><li>Perder o contacto com tecnologia do dia a dia como as televisões e tablets: nah;</li><li>Começar a queixar-se de cada vez mais coisas: tem dias, tem dias… mas nah;</li><li>Usar os óculos ao pescoço: nah;</li><li>Não se lembrar do nome de nenhuma banda recente: nenhuma é exagero, mas não são muitas… yepzinho;</li><li>Evitar levantar pesos com medo de ficar com dores nas costas: ainda não… nah;</li><li>Queixar-se dos programas que dão na televisão: basta não ver… nah;</li><li>Não saber onde pôs os óculos/carteira/chaves: estão sempre nos mesmos sítios… nah;</li><li>Trocar a “Radio One” pela “Radio Two”: nem por isso, nah;</li><li>Começar a conduzir bastante mais devagar: mais devagar, mas não bastante mais, nem sequer devagar (mas sempre respeitador das leis, claro), nah;</li><li>Preferir passar a noite a jogar um jogo de tabuleiro do que ir sair à noite: não propriamente, mas percebo a ideia, um yepzinho;</li><li>Passar a interessar-se por programas de antiguidades: nah, embora a componente histórica sempre me tenha interessado;</li><li>Falar com colegas que são tão novos que não se lembram de coisas que para si são básicas: percebo a ideia, yep;</li><li>Ir de chinelos para a casa dos amigos: definitivamente nah;</li><li>Ouvir os Archers (programa de rádio): nah;</li><li>Adormecer depois de um copo de vinho: nah, apesar de ser mais fácil adormecer que antes;</li><li>Nunca sair para a rua sem o casaco: nah;</li><li>Ficar extremamente feliz por receber meias no Natal: nah;</li><li>Começar a perder peso cada vez mais devagar: ou começar a ganhar? yep;</li><li>Ficar ofegante por uma chávena de chá: nah;</li><li>Andar com um termo de café ou chá: nah;</li><li>Juntar-se ao Women’s Institute (associação que organiza uma série de actividades para envolver as mulheres na comunidade): ??? nah;</li><li>Interessar-se por jardinagem: nah;</li><li>Gastar dinheiro em cremes anti-envelhecimento: nah;</li><li>Preferir gastar dinheiro em coisas para a casa do que numa saída à noite: nunca apreciei especialmente saídas à noite, por isso yep;</li><li>Passar a preocupar-se em escolher a roupa consoante o tempo que vai estar: nah;</li><li>Colocar coisas do dia a dia fora do sítio (chaves, por exemplo): nah;</li><li>Tornar-se obsessivo com o jardim ou em alimentar os pássaros do bairro: nah;</li><li>Gostar mesmo muito de fazer puzzles ou palavras cruzadas: nah;</li><li>Conduzir sempre na faixa da direita: excepto para ultrapassagens, como diz o código, yep;</li><li>Pensar em ir num cruzeiro “sem miúdos” durante as férias: definitivamente yep;</li><li>Sentir que as suas orelhas estão a ficar maiores: nah, embora a barriga esteja;</li><li>Juntar-se ao National Trust (associação responsável por preservar atracções no Reino Unido, desde paisagens a palácios rurais): nah;</li><li>Beber xerez: nah;</li><li>Sentir-se no direito de dizer tudo o que lhe apetece, sem se preocupar em ser educado: nah.</li></ol><p>… e reparar que uma lista de 50 itens só tem 49?</p><p>De qualquer forma, com 35 nãos vs 14 sims, não sei bem o que concluir, se é que havia alguma conclusão a obter.</p><br />Todo Urdidohttp://www.blogger.com/profile/02377751894497149538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9106341631413776691.post-37108526022162989562014-07-21T22:07:00.001+01:002014-07-21T22:07:48.627+01:00The name is football.<p>O nome é <em>football</em>, ou convenientemente adaptado a cada língua: <em>futebol</em>, <em>fútbol</em>, <em>Fußball</em>, <em>fotbal</em>, <em>fodbold</em>, <em>fotball</em>, <em>futbal</em>, <em>fotboll</em>, <em>futbol</em>, …</p><p>O termo <em>soccer</em> é originário de Inglaterra. Deriva de <em>football association + er</em>. Além de Inglaterra, tornou-se popular noutros países noutros países de língua oficial inglesa, como o Canada, Estados Unidos ou Austrália, nos finais do séc. XIX, inícios do séc XX, a par de <em>football</em>.</p><p><strong>O termo <em>football</em> acabou por se universalizar</strong>. De tal forma que quase todos os países se referem à modalidade como <em>football</em> ou pela sua versão nativa.</p><p>Estupidamente os EUA continuam a insistir no obsoleto <em>soccer</em>. Mais estúpido é constatar como essa insistência é forçada. Em 1913 a federação de futebol americana era criada sob o nome America Foot Ball Association, em 1945 mudou o nome para United States Soccer Football Association, e em 1974 finalmente mudaram o nome para o actual United States Soccer Federation. Ou seja, quanto mais se universalizava o termo <em>football</em> mais eles sentiram necessidade de o transformar noutra coisa.</p><br />Todo Urdidohttp://www.blogger.com/profile/02377751894497149538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9106341631413776691.post-80316055354249131422014-07-15T01:35:00.001+01:002014-07-15T01:35:55.498+01:00FIFA WC2014: Messi, o melhor?<p>Ahah! Não sei como a FIFA ainda consegue fazer estas piadas… sem se rir.</p><br />Todo Urdidohttp://www.blogger.com/profile/02377751894497149538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9106341631413776691.post-56589259389072651382014-07-15T01:25:00.001+01:002014-07-15T01:25:12.915+01:00Assembleia da República e custos...<p>Notícia do dia: “Impressão em 3D para o Parlamento custou 18 mil euros”.</p><img src="http://i.imgur.com/bP2jLsn.jpg" alt="image" /><p>Ao contrário de muitas obras de arte, até acho esta de bom gosto. Mas não foi a presidente desta casa que questionou a trasladação do grande Eusébio para o Panteão Nacional por questões de custos?</p><br />Todo Urdidohttp://www.blogger.com/profile/02377751894497149538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9106341631413776691.post-24531396762926978512014-07-13T22:40:00.001+01:002014-07-13T22:40:52.366+01:00A banca do diabo!<p>Os primeiros “banqueiros” surgiram por necessidade, na antiguidade. Faziam a equivalência entre bens nos mercados, quando a troca directa era prática comum.</p><p>Com a adopção generalizada da moeda, rapidamente as pessoas começaram a fazer empréstimos entre si. Daí a aparecerem entidades para intermediar o processo foi um passo, e eis-nos perante os bancos.</p><p>Podemos dizer que o crédito é algo natural na sociedade humana. Já existia em comunidades históricas, na forma de crédito de serviços e bens. Por exemplo, alguém ajudava outrem na lavoura, esperando uma ajuda recíproca mais tarde. A moeda apenas serviu para quantificá-lo, tornando-o preciso.</p><p>O papel da banca como intermediário financeiro sempre foi aceite pela sociedade: havia uma imagem de rigor, segurança e isenção, o que fornecia a confiança necessária para que as pessoas entregassem os seus valores aos bancos.</p><p>Tornou-se, com o conluio dos governos, um ponto de paragem obrigatório a virtualmente qualquer cidadão, aumentando a sua dimensão de forma colossal. Com o tempo a banca evoluiu de forma absurda, tornando-se um negócio em si – oferecer empréstimos para comprar acções do próprio banco?</p><p>A banca como negócio não tem sustentação própria, a banca sustenta-se nos negócios externos que suporta.</p><p>A dimensão a que a banca chegou conjugada com demasiadas apostas falhadas e esquemas indevidos de remuneração, ignoradas pelos estados, levou a prejuízos enormes que todos agora temos de pagar. Isto para suportar uma banca da qual nos fomos tornando dependentes.</p><br />Todo Urdidohttp://www.blogger.com/profile/02377751894497149538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9106341631413776691.post-55631874494102970022014-07-13T11:33:00.001+01:002014-07-13T11:33:52.769+01:00Trim, trim...<p>Casos da vida.</p><ul><li>Toca o telemóvel, e reparo que se trata de um número que não conheço. Atendo, é engano.</li><li>Pouco depois volta a tocar. Atendo e digo (constato!) que trata-se do mesmo número para que acabou de ligar.</li><li>Pouco depois volta a tocar… Desta vez rejeito a chamada.</li><li>Isto repete-se umas 4 ou 5 vezes até que desligo o telemóvel.</li></ul><p>Nunca entendi a confusão que algumas pessoas fazem com os números de telefone. Um engano na marcação ou outro tipo de confusão é normal, mas insistir irracionalmente na coisa não. Este tipo de peripécias acontece recorrentemente. Até já cheguei “a ser” um distribuidor da Olá.</p><br />Todo Urdidohttp://www.blogger.com/profile/02377751894497149538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9106341631413776691.post-55533184166849453512014-07-10T00:29:00.001+01:002014-07-10T00:29:45.996+01:00O Tribunal Constitucional é o novo Cavaco, Sampaio ou Soares.<p>Ao longo da actual República, de um modo geral, os governos com <strong>maioria absoluta</strong> coexistiram com presidentes antagónicos politicamente.</p><p>Desde Cavaco:</p><ul><li>Cavaco, 1985-1995, vs Mário Soares;</li><li>Guterres nunca formou governo sustentado por maioria absoluta no parlamento;</li><li>Durão/Santana, 2002-2005, vs Jorge Sampaio;</li><li>Sócrates, 2005-2011, vs Cavaco Silva.</li></ul><p>Estes presidentes por várias vezes funcionaram como contra-poder ao Governo, ora vetando leis, ora mandando os famosos recados ou até remoques em intervenções públicas. “Há vida para além do défice”, dizia Sampaio, que chegou mesmo a dissolver a Assembleia da República (AR) sem qualquer razão plausível para tal.</p><p>Mas na corrente configuração Cavaco-Passos isso não existe. Cavaco é transparente à acção do Governo, não funcionando como contra poder. E é aí que entra o Tribunal Constitucional (TC). Todas as decisões de inconstitucionalidade tomadas pelo TC até agora foram <strong>opiniões subjectivas baseadas nuns poucos artigos genéricos da Constituição</strong>. Dois (2) na maioria dos casos! Ou seja, foram decisões políticas de contra poder.</p><p>O TC é a concretização possível de não ter “todos os ovos no mesmo cesto”, expressão usada copiosamente por Cavaco Silva nas eleições presidenciais de 1995, para impedir que o Partido Socialista acumulasse Presidência e Governo. Em 1995 isso acabou por não ser problema: Guterres nunca teve maioria na AR, funcionando este como equilíbrio de poder natural.</p><p>No fundo isto corresponde à ideia de bom senso que o poder não deve estar concentrado na mesma facção. Em Portugal isso assume especial significado, dado que recentemente escapámos a 48 anos desse modelo.</p><p>O grande problema de tudo isto é a falta de equilíbrio revelada por um regime que precisa de recorrer ao TC para encontrar equilíbrio <strong>político</strong>.</p><br />Todo Urdidohttp://www.blogger.com/profile/02377751894497149538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9106341631413776691.post-3028915787811121972014-07-05T06:28:00.001+01:002014-07-05T06:28:32.046+01:00FIFA WC2014: o sequestro da selecção.<p>A selecção da FPF não foi a primeira, nem será a última, a ser traída pela má forma da sua principal vedeta. Quem não se lembra do Brasil perder a final de 1998 por 3 golos sem resposta… e o subsequente confronto entre os jornalistas brasileiros e o seleccionador brasileiro. Os jornalistas inquiriam o seleccionador sobre a inclusão do Ronaldo, o melhor jogador do Brasil de então, apesar da sua má forma nessa altura.</p><p><strong>Uma questão de estatuto</strong></p><p>Quem diz que o estatuto não pesa apenas tenta fugir a uma realidade difícil de contornar. Quem faz parte de um núcleo estável, eleito – alegadamente – pelo mérito, ganha estatuto. E esse estatuto garante-lhes beneplácitos que não estão ao dispor de outros.</p><p><strong>Uma questão de pragmatismo</strong></p><p>Só que o estatuto não ganha jogos. O estatuto é um benefício de dúvida. Quando deixa de ser tratado como tal, passa a ser um sequestro de competência.</p><p>O que no fundo resume o que foi a selecção da FPF neste mundial.</p><br />Todo Urdidohttp://www.blogger.com/profile/02377751894497149538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9106341631413776691.post-1071774255366612602014-07-03T04:52:00.001+01:002014-07-03T04:52:12.735+01:00FIFA WC2014: o que devia mudar.<p>O mundial de 2014 tem sido uma boa edição – malfadada a participação portuguesa –, mas há 3 coisas que gostaria de ver mudadas.</p><ol style="list-style-type: decimal"><li><p><strong>erros graves de arbitragem</strong></p><p>Depois do vergonhoso Japão-Coreia 2002 a FIFA continua a insistir em enviar árbitros de segunda linha ao mundial. Na fase de grupos amontoaram-se os erros graves. A FIFA devia introduzir tecnologia para ajudar a decidir lances. Já se faz noutras modalidades, não faz sentido chegar a este nível e ver golos mal anulados ou penaltis por marcar (a alguns).</p><p>O argumento “o árbitro também erra, tal como os jogadores” não faz sentido. Os jogadores são o que leva as pessoas aos estádio. Muitas vezes é o erro dos jogadores que faz o resultado e isso é o espectáculo. Ser o erro do árbitro a fazer o resultado é um infeliz efeito secundário.</p></li><li><p><strong>prolongamento sem substituições extra</strong></p><p>Há muito que as substituições se tornaram uma ferramenta. Permitem fazer alterações tácticas, refrescar a equipa, … Ora se existem 3 substituições permitidas durante o tempo normal (90 minutos), porque não permitir mais 1 quando há prolongamento (30 minutos)?</p><p>O estado em que os jogadores terminam o prolongamento é lastimável.</p></li><li><p><strong>transmitir o jogo em directo nos painéis do estádio</strong></p><p>Acabem com isso, por favor. É confrangedor ver toda a gente no estádio a olhar para os painéis sempre que são focados. Aquilo são autênticas <em>selfies</em> feitas pelo realizador.</p><p>O público quando se vê entra em histeria. A equipa está a ser goleada e prepara-se para ser eliminada? <em>No problema</em>, estamos no painel.</p><p>E qual a primeira reacção dos jogadores quando terminam uma jogada – especialmente quando falham um lance? Verem-se no painel.</p><p>Nem os treinadores e restante <em>staff</em> técnico resiste à tentação.</p><p>No apogeu da geração das redes sociais, da geração do <strong>eu</strong>, pôr um painel gigante com gente a ser focada é um maneirismo.</p></li></ol><br />Todo Urdidohttp://www.blogger.com/profile/02377751894497149538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9106341631413776691.post-22487517226558177952014-07-02T01:57:00.001+01:002014-07-02T01:57:14.627+01:00História mal contada.<p>É costume dizer-se que a História é escrita pelos vencedores<sup><a href="#fn1" class="footnoteRef" id="fnref1">1</a></sup>, embora isso não seja sempre verdade. O que há é nações que vendem melhor a sua versão. Neste particular, Inglaterra primeiro, e Estados Unidos mais tarde, são verdadeiros <em>marketeers</em> de História.</p><p>O curioso é como os outros países alinham. Por exemplo, o episódio da “Armada Invencível” é totalmente mal contado no ensino de história em Portugal, que conta a versão parcialmente deturpada, parcialmente inventada, dos ingleses.</p><div class="footnotes"><hr /><ol><li id="fn1"><p>George Orwell escreveu esta frase, mas existem várias expressões semelhantes atribuídas a diferentes pessoas, juntamente com dizeres de origem e data incerta.<a href="#fnref1">↩</a></p></li></ol></div><br />Todo Urdidohttp://www.blogger.com/profile/02377751894497149538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9106341631413776691.post-28069519019151222462014-06-30T18:22:00.001+01:002014-06-30T18:22:50.563+01:00Os viciados na opinião, vulgo, comentadores.<p>Creio ter sido nos anos 90 do século passado que se dinamizou a figura do comentador. Surgiu por extensão ao editorialista e começou a ocupar parte significativa dos jornais. Hoje estão em todo o lado: rádios, televisões, web, papel.</p><p>Uns falam sobre política, outros sobre desporto, e outros de tudo um pouco. Há quem, aparentemente, viva disso. Para outros trata-se de um rendimento extra. Mas todos parecem ter um especial prazer na actividade bem como em serem “ouvidos”: a necessidade de palco. Na verdade quase todos gostamos de palco.</p><p>Os comentadores de maior estatuto tipicamente são (ex-)jornalistas ou (ex-)políticos e têm espaço garantido nos <em>massmedia</em>.</p><p>O vício, como tantos outros vícios, por vezes origina situações confrangedoras.</p><img src="http://i.imgur.com/RCF6fMq.jpg" alt="image" /><p>Mas nem só de comentadores conhecidos vive o vício. O comentador anónimo viu o seu espaço aparecer nas caixas de comentários dos <em>sites</em> dos <em>massmedia</em>. Qualquer artigo que por lá apareça é inundado por uma tribo comentarista. Cada tribo tem um núcleo permanente – embora não exclusivo – de escribas, formando-se uma pequena comunidade <em>ad-hoc</em>.</p><p>É um fenómeno interessante.</p><br />Todo Urdidohttp://www.blogger.com/profile/02377751894497149538noreply@blogger.com0