segunda-feira, 30 de junho de 2014

Os viciados na opinião, vulgo, comentadores.

Creio ter sido nos anos 90 do século passado que se dinamizou a figura do comentador. Surgiu por extensão ao editorialista e começou a ocupar parte significativa dos jornais. Hoje estão em todo o lado: rádios, televisões, web, papel.

Uns falam sobre política, outros sobre desporto, e outros de tudo um pouco. Há quem, aparentemente, viva disso. Para outros trata-se de um rendimento extra. Mas todos parecem ter um especial prazer na actividade bem como em serem “ouvidos”: a necessidade de palco. Na verdade quase todos gostamos de palco.

Os comentadores de maior estatuto tipicamente são (ex-)jornalistas ou (ex-)políticos e têm espaço garantido nos massmedia.

O vício, como tantos outros vícios, por vezes origina situações confrangedoras.

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Mas nem só de comentadores conhecidos vive o vício. O comentador anónimo viu o seu espaço aparecer nas caixas de comentários dos sites dos massmedia. Qualquer artigo que por lá apareça é inundado por uma tribo comentarista. Cada tribo tem um núcleo permanente – embora não exclusivo – de escribas, formando-se uma pequena comunidade ad-hoc.

É um fenómeno interessante.


sábado, 28 de junho de 2014

1ª guerra mundial, o princípio do fim da instabilidade europeia...

Em 28 de Junho de 1914 deram-se os eventos que conduziram à primeira guerra mundial (1GM). Apesar do nome, foi uma guerra essencialmente europeia, tornada mundial devido às possessões europeias no mundo.

Num continente europeu historicamente instável, marcado por constantes guerras entre nações, o final do século XIX assistiu à consolidação do império austro-húngaro e à formação de dois novos países, Itália e Alemanha. Esta última viria a alterar o equilíbrio de forças existente na Europa, até aí dominado sobretudo por ingleses e franceses.

Esta grande guerra foi o princípio do fim da instabilidade europeia, bem como do poder da velha Europa, grandemente sustentado pelo colonialismo. Quando terminou, o impacto na Europa foi colossal: impérios desmoronados que não mais surgiriam, novas nações surgidas, outras renovadas. Forma-se a Liga das Nações, precursora da ONU, para garantir, apesar de fracassadamente, a paz mundial.

No entanto a 1GM deixou demasiados assuntos mal tratados. A segunda guerra mundial, poucos anos depois, finaliza o que a 1GM tinha começado. Os países europeus deixam de ser potências à escala mundial, inicia-se a descolonização generalizada, os Estados Unidos surgem como a super potência emergente e a Europa finalmente estabiliza (exceptuando a Europa de leste).