terça-feira, 5 de agosto de 2014

O nosso vício e a economia.

Se num evento existirem duas filas lado a lado, uma enorme, outra pequena, é provável que na primeira se esteja a dar algo, enquanto na segunda seja a pagar.

Não sei se outros países comungam esta atitude, mas nós sentimos uma especial abjecção pelo que se paga, que contrasta com o nosso apetite pelo gratuito.

Quando extrapolado à produção de serviços os resultados deixam a desejar: não financiamos o trabalho dos outros via pagamento, porque não gostamos de pagar, mas penduramo-nos no que é oferecido, porque gostamos do gratuito. Quando o oferecido por sua vez é financiado por outros modelos, estes tendem a colapsar naturalmente.