segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Portagens sem aumentos, excepto...

No ano passado houve deflação. Como a lógica dos aumentos das portagens está relacionada com certos parâmetros da inflação, resolveu-se não haver aumentos este ano.

Primeiro problema: os parâmetros só servem para subir? Mesmo que por interesses económicos se aceitasse manter o custo das portagens em caso de deflação, esse diferencial deveria servir para abater aos aumentos dos anos posteriores.

Mas entretanto acabou-se por descobrir que afinal dois troços iriam aumentar devido a um contrato estabelecido entre o estado e a Brisa: troço Montijo-Pinhal Novo da A12 e troço Palmela-Setúbal da A2. O primeiro porque passou a incluir mais 'x' metros, o segundo porque tinha uma parte não paga que vai passar a ser.

Montijo-Pinhal Novo: quem conhece a zona sabe que não passou a incluir mais um único centímetro que seja, mas foi isto que a comunicação social relatou. Provavelmente foram os metros finais da A12, na junção com a Ponte Vasco da Gama que passaram a ser incluídos na concessão, mas não houve qualquer notícia explícita sobre esse assunto.

O outro troço resume-se ao mesmo, provavelmente uma parte que não estava incluída no concessionário, ou estava e não era cobrada. Mais uma vez também não se percebeu bem qual o esquema nem sequer qual o troço físico propriamente dito a que se referiam.

E aqui jaz o segundo problema: a falta de transparência destes contratos. O estado acorda e desacorda o que quer com privados, em segredo, sem que que conheçam as condições desse contratos. Se são ou não onerosos e para quem.

O negócio das auto-estradas em Portugal é bastante proveitoso para as concessionárias, que chegam mesmo a ter cláusulas de compensação se o tráfego for inferior ao previsto, como no caso da Luso-Ponte. Ou seja, risco zero para privados, risco total para o estado.

Desta vez, por infortúnio dos senhores da brisa e do governo, soube-se das negociatas em virtude de serem estes os únicos troços do país a aumentar. Num ano normal, com inflação acima de zero, estas negociatas de bastidores teriam passado sem se saber, diluídos os seus custos nos aumentos gerais.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Afinal as sondagens sempre eram da treta...

Num estudo levado a cabo pela ERC chegou-se à conclusão que o PS e BE costumam ser favorecidos pelas sondagens, acabando por obter resultados eleitorais inferiores aos projectados pelas mesmas.

Duas notas:
  1. as sondagens afinal sempre eram da treta;
  2. não sei quanto foi o custo do tal estudo mas espero que tenha sido barato: é que para coisas óbvias não vale a pena estar a gastar dinheiro.

SC Braga: é preciso ser estúpido quando se ganha?

Durante os últimos 15 anos houve um clube que se instalou no topo da  classificação futebolística em Portugal. Independentemente da forma como lá  chegou, pelo menos o discurso e a atitude dos seus responsáveis sempre foram estúpidos.

Agora o Braga está a jogar bem, tem estado na frente, com os mesmos pontos  do Benfica mas com vantagem no confronto directo da 1ª mão, e tem aguentado o passo. Mas a estupidez que tem saído daqueles lados é preocupante,  culminando -- para já! -- no ridículo episódio da mala.

É preciso ser estúpido quando se ganha? Parece...