Se num evento existirem duas filas lado a lado, uma enorme, outra pequena, é provável que na primeira se esteja a dar algo, enquanto na segunda seja a pagar.
Não sei se outros países comungam esta atitude, mas nós sentimos uma especial abjecção pelo que se paga, que contrasta com o nosso apetite pelo gratuito.
Quando extrapolado à produção de serviços os resultados deixam a desejar: não financiamos o trabalho dos outros via pagamento, porque não gostamos de pagar, mas penduramo-nos no que é oferecido, porque gostamos do gratuito. Quando o oferecido por sua vez é financiado por outros modelos, estes tendem a colapsar naturalmente.
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