segunda-feira, 1 de setembro de 2014

BCP/Millennium, ponto de vista dum cliente.

Tornei-me cliente do BCP/Millennium por “herança”. Era cliente de outro banco que foi integrado posteriormente no grupo BCP.

Em relação ao BCP, reconheço-lhes 3 vantagens face a outros bancos:

  • homebanking muito bom;

  • um número razoável de balcões – embora muitos já tenham fechado –, provavelmente o maior rácio balcão/cliente;

  • serviços “avançados” / inovadores para as épocas: já no meu banco original havia máquinas de emissão de cheques na hora, algo que se manteve no BCP e ainda hoje alguns bancos não dispõem; deposito de cheques com digitalização e pré-visualização; operações bancárias por SMS – lembro-me desta funcionalidade existir pelo menos em 2001.

De resto não tenho propriamente boas memórias. Cobram comissões para quase tudo. O exemplo mais revoltante era 1€ por transferência nacional via internet, nem sei quanto é agora. 7€ anuais por cartão de débito, 30€ pelo VISA. Felizmente o Banco de Portugal tem imposto algumas regras para proteger os clientes – embora tardias e sempre avulsas.

A relação bcp-cliente baseia-se no modelo win-lose… respectivamente.

Apesar de ser um cliente com poucas relações com bancos, já me aconteceram algumas situações caricatas:

  • Há alguns anos criaram o cliente prestige e sem mais nem menos “promoveram-me” a … isso. Quando dou por mim estava a pagar 15€ a cada 3 meses. Ainda tive que ser eu a fazer um pedido para me removerem dessa coisa que nunca pedi e, claro, fiquei a perder os primeiros 15€.

  • Num empréstimo de habitação disseram que se fosse cliente não pagava algumas das comissões envolvidas – sabendo eles que eu era cliente. Quando o negócio foi fechado vejo essas comissões serem-me cobradas. Questionados sobre isso, responderam que tinha de ter avisado antes (de quê?!). Descobri mais tarde que este comportamento repetia-se com outras pessoas, o que me leva a desconfiar que os funcionários eram instruídos nesta prática, de forma a roubar as comissões aos clientes, eventualmente ficando com o seu valor como prémio.

  • Os seguros associados ao valor da dívida desse empréstimo, que é agora metade do valor inicial, são mais caros hoje do que originalmente.

É um banco que me anda “atravessado” há muito tempo, mas sinto que não tenho grandes alternativas.

Com banqueiros já sofri o que tinha a sofrer”, Jorge Jesus


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