Bem se queixou Santana Lopes e com razão. As sondagens deram-no sempre a 8, 9, 10% de Costa. Em especial as da Universidade Católica tendem a beneficiar uns (PS, BE) em prejuízo de outros (PSD, CDS). Isto numa leitura meramente factual da coisa.
Já se sabe que existem erros, tal e tal. Mas sempre para os mesmos? Há qualquer coisa que definitivamente não está a funcionar bem.
Voltando a Santana, a diferença final face a Costa foi de 5%. Mas sobretudo obrigou à contagem até às ultimas 4 freguesias, para se determinar com certeza qual seria o vencedor, e apenas após o fecho da penúltima freguesia se soube a distribuição de vereadores final (9 PS, 7 PSD e 1 CDU; durante muito tempo esteve no ar a hipótese 8-8-1). Ou seja, aquilo que eram favas contadas transformou-se numa luta renhida até ao fim. Muito longe da ideia que era transmitida dia após dia pelas sondagens.
O problema disto nem são tanto as sondagens per se, mas o valor que se lhes dá. E aqui os órgãos de comunicação têm toda a responsabilidade. Porque lhes dão demasiada credibilidade por razões comerciais. Sempre que publicam uma sondagem, a ladainha é a mesma: "se as eleições fossem hoje ganhava o x com n, o y ficava assim e assado". Não! Não aconteceria nada disso. Se todos o sabemos, porque continuam a insistir na mesma parangona?!
PS: de qualquer forma desta vez, com ou sem sondagens, dificilmente Santana lá chegaria.
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