segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Europeias, legislativas, autárquicas e já está.

Pronto. Três eleições depois a que chegámos? Um PS que reergue a cabeça, com algum reforço moral embora em posição mais desconfortável do que tinha há 4 anos, um PCP destroçado, um CDS e BE sem saberem bem o que quer que seja e um PSD rebentado.

De resto foi um thriller interessante.

Vejamos...

Após quatro anos de contestação incontestada, descontentamento generalizado, e algumas trapalhadas à mistura em relação à governação de José Sócrates, este mantinha-se com uma áurea de invencibilidade democrática baseada em sondagens erradas.

Assim chega-se às europeias com o PS favorito. Só que perde e tem um resultado miserável (26,58% vs 44,53% em 2004). Entretanto Manuela Ferreira Leite, que já começava a ser contestada na altura por ser aquilo que é - FRACA, FRAQUINHA, FRAQUISSIMA - ganha um autêntico balão de oxigénio que a faz voar até as legislativas, convencendo-se mesmo que até as irá ganhar.

Como nesta vida não há milagres, a senhora destrói o partido e consegue o impensável, mesmo antes das europeias: ter um resultado ao nível do de 2005, em condições substancialmente melhores, e dar de mão beijada a maioria, embora não absoluta, a um partido que merecia deixar de ser governo. Pelo caminho os ditos pequenos partidos CDS e BE cresceram bastante, embora à sua escala. A CDU cresceu marginalmente mas perdeu relativamente influência.

Nesta "dinâmica", como lhe gostam de chamar no jargão dos analistas, de vitória do PS e derrota do PSD, este último, o grande colosso das autárquicas, perde cerca de 20 câmaras, ganhando o PS outras tantas. No meio o CDS e BE reduziram-se à sua insignificância política local e a CDU continua a perder influência.

Fim de história.
Agora venham de lá os abutres.

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