quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Os "menos" 2010 da comunicação social

Já que alguma comunicação social se sente no direito de classificar tudo o que lhe apetece, eis o exercício recíproco.

Os menos de 2010 da comunicação social presente na web.

expresso

Na ânsia de se modernizarem e adaptarem à nova web foram repescar um conceito com 10 anos, os blogs. E o que trouxeram alguns desses blogs? Futilidades, devaneios casuais, ausência de rigor e até mesmo fanatismos pessoais, como o caso do afrutalhado. Sugere-se uma reanálise à quantidade e qualidade dos blogs adoptados.

correio da manhã

O já mítico jornal sensacionalista não só prima pela insistência na notícia-lixo como especializa-se cada vez mais na notícia-aldrabice. Ler uma notícia no Correio da Manhã, especialmente as que fazem capa, implica questionar se aquilo se passou mesmo assim ou se aconteceu de todo. Na frente sensacionalista já começa a fartar o arrastar de figuras públicas para a "notícia" quando o primo do cunhado do seu vizinho foi visto a fazer não-sei-o-quê.

maisfutebol

Liderado pelo antropólogo e surreal Luís Sobral, usa todos os truques pimba que consegue com um único objectivo: mais visitas. Certo. Só tem um problema, é que isso nada tem que ver com futebol ou desporto de modo geral.

E que truques são esses?

  • lá diz a máxima when the rates are low, clothes must go. Na versão maisfutebol as miúdas são convidadas a enviar as suas fotos em trajes menores e existe uma obsessão doentia com as mulheres e namoradas de jogadores conhecidos.

  • provocação deliberada, arranjar confusão. Já se sabe que quando alguém se sente provocado tem a tentação de responder, o que neste caso equivale a comentar. Mais comentários originam mais hits. Bate certo. As técnicas de provocação são várias, desde as fantásticas tiradas como "agora embirre leitor", a provocações constantes aos "grandes" do futebol nacional - especialmente ao maior, com secções de "menos" a criticarem-nos por tudo e por nada sucessivamente, até a notícias falsas sobre os mesmos, tudo para obter aquela reacçãozinha do adepto. Não é o meu peditório, mas infelizmente é-o para muita gente.

Em suma, uma combinação do pior do record, com correio da manhã e uma espécie de versão amadora de maxmen era o que menos faltava ao futebol português.

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