sexta-feira, 27 de abril de 2012

Chicotadas psicológicas, funcionam?

O cenário é comum: uma equipa tem maus resultados, começa a afastar-se perigosamente dos seus objectivos, e rapidamente o treinador é despedido. A isto se chama uma “chicotada psicológica” na gíria do futebol.

As críticas a isto são sempre as mesmas: o treinador é apenas o elo mais fraco, a culpa principal dos maus resultados nem é dele, é um problema de “estrutura” (seja lá isso o que for) e o novo treinador não vem resolver nada. Mas será mesmo assim?

Sem dúvida que já houve muitas chicotadas psicológicas que encaixam no parágrafo anterior, mas tem havido muitos casos opostos, em que o novo treinador transformou a equipa para melhor. Com os mesmos jogadores, direcção e “estrutura”. Este ano foi fértil nestes casos:

  • Sá Pinto (vs Domingos) no Sporting;
  • Sérgio Conceição (vs Daúto Faquirá) no Olhanense;
  • José Mota (vs Bruno Ribeiro) no Setúbal;
  • Henrique Calisto (vs Luís Miguel) no Paços de Ferreira…

Mas talvez o maior exemplo venha de fora, envolvendo um treinador português. Villas-Boas deixou Chelsea em 5º no campeonato doméstico, em desvantagem de 2 golos nos oitavos da Liga dos Campeões, obrigado a um jogo extra de desempate nos oitavos da taça de Inglaterra contra uma equipa da segunda divisão. Com Di Matteo, que o substituiu, estão na final da taça de Inglaterra e na final da Liga dos Campeões, mesmo contra todas as expectativas.


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