quarta-feira, 30 de março de 2011

A histeria no consumo...

histérico:

(…) Que ou aquele que revela desequilíbrio, grande perturbação ou excitação incontrolável.

Junho de 2008

Camionistas estão em greve e fazem vários bloqueios. As notícias avisam que o combustível poderá faltar. Numa corrida louca, sem precedentes, aos postos de combustível, apenas num dia a maior parte dos postos vende todo o seu combustível disponível. Mais tarde veio a saber-se que nesse dia se vendeu aproximadamente tanto como semana inteira normal. Poucos dias depois a greve (e bloqueios) terminou.

Dezembro de 2010

Surgem notícias na comunicação social que poderá haver falta de açúcar. Em poucos dias o açúcar existente nos supermercados “desaparece” um pouco por todo o país. Duas semanas depois começa a ser reposto.

Março de 2011

Nova greve de camionistas e tentativas de bloqueio. Na viragem para o segundo de dia de greve já muitos postos de combustível da grande Lisboa ficam sem stock. As filas para abastecimento são enormes. A greve (e tentativa de bloqueio) durou apenas três dias e o bloqueio nunca chegou a ser eficaz, ao contrário do de 2008.

Em qualquer destes casos um consumo racional e normal teria mantido a disponibilidade dos produtos durante uma ou mais semanas, anulando totalmente a ameaça de indisponibilidade. Pelo contrário houve uma corrida desenfreada ao consumo, para efeitos irracionais de açambarcamento, que teve como efeito prático esgotar rapidamente os produtos. O efeito superou a causa.


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