quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A banalidade de aplaudir de pé.

O acto de aplaudir de pé terá surgido para distinguir actuações extraordinárias ou intervenções de alto relevo, mas com o tempo tem-se tornado uma banalidade, frequente, feita por deferência, vassalagem ou mera parolice.

Assim, tanto se assiste a audiências a aplaudir de pé actuações de amadores em programas de “talentos”, como a deputados na Assembleia da República a fazê-lo após intervenções dos seus colegas de partido.

Ora vem isto a propósito duma intervenção recente de José Sócrates onde dizia que pagar as dívidas das nações [na sua totalidade] era uma brincadeira de crianças, pois essas dívidas deviam ser geridas e não pagas.

O que Sócrates disse na verdade é uma banalidade que corresponde ao conceito de “dívida rolante”. A forma patética como o disse é que foi aproveitada internamente para chicana política. Mas o que mais impressionou ainda acabou por ser a plateia aplaudi-lo de pé após este discurso.


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