Uma parte do capital da Jerónimo Martins (JM), dona dos supermercados Pingo Doce, foi transferido para uma sua participada na Holanda.
Os “especialistas” avançaram várias hipotéticas explicações para o movimento:
- porque a JM teria perdido um processo em Portugal contra as finanças;
- porque na Holanda paga menos impostos;
- porque a Holanda tem um acordo bilateral com a Colômbia, ao contrário de Portugal, o que facilita os planos de expansão do grupo JM para esse país;
- porque na Holanda a legislação é estável e em Portugal não;
- porque na Holanda consegue contrair crédito e em Portugal não;
- …
Isto no meio de uma autêntica operação de diabolização do grupo JM, dos supermercados Pingo Doce e do seu líder Alexandre Soares dos Santos.
Para isto tudo, duas palavras: exagero, hipocrisia.
Exagero porque a JM é última das vinte empresas do PSI20 a transferirem capital para participadas na Holanda. Portanto, já várias outras empresas haviam recorrido ao mesmo expediente… discretamente.
Hipocrisia porque, independentemente de qual a real razão que motivou a operação, terá sido certamente para defender os interesses do grupo. Tal como qualquer outra empresa ou indivíduo faz! Não consigo compreender a “lata” de todos aqueles que acusaram a JM de anti-patriotismo, desistência de Portugal, etc e que depois, no dia a dia, vão abastecer combustível a Espanha, encomendam jogos e vídeos online da Amazon, gadgets de Hong-Kong, entre outras coisas, porque… fica mais barato!
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