Simulações
- Triste o espectáculo de anti-desportivismo que os jogadores do Porto fizeram. Fucile e Guarin em particular, mas também Alvaro Pereira, Hulk e Varela, fizeram teatro em muitos lances para tentar arrancar amarelos (Guarin conseguiu-o a Javi e Luisão numa falta assinalada em que ninguém sequer lhe toca) e vermelhos aos jogadores adversários, além de livres perigosos.
Árbitro
Tenho alguma dificuldade em ver no árbitro sistematicamente o “lobo mau”, aquele que quer fazer uma equipa ganhar e outra perder. Pode acontecer, de certeza que já aconteceu — existem evidências factuais disso num passado recente — mas é estranho que isso aconteça numa base sistemática.
A certa altura do jogo, com resultado ainda a 0–0, havia 7 faltas assinaladas ao Benfica e 1 ao Porto. Ora nem o Benfica tinha cometido tantas, nem o Porto tão poucas. Nessa altura havia já algumas simulações de jogadores do Porto, umas quantas “bolas no braço” inventadas, etc a prejudicar o Benfica, e também alguns “fechar de olhos” a jogadas do Porto, como o caso em que o Hulk faz falta sobre o Emerson (puxa-lhe o braço) e acaba por dominar a bola por lá da linha de fundo, tendo a equipa de arbitragem permito continuar o lance, que acabou por ser resolvido pela defesa do Benfica.
Agora se o árbitro quisesse deliberadamente prejudicar alguém, não teria formas mais inteligentes de o fazer? Há tantos lances em que se podem tomar decisões que penalizam fortemente uma equipa — e houve-os neste jogo — os quais mais tarde “têm de ser entendidos” face às leis do jogo. Então para quê assinalar falta numa simulação? Ou deixar continuar uma jogada inócua que devia ser falta?
Incompetência. É a explicação para muitas das más arbitragens que se assistem.
Discursos encomendados
- Já começa a ser hábito o staff do Porto ter um discurso numa primeira fase, e depois de regressaram do balneário falarem a uma só voz de algo que não tinham falado antes. Deve ser a voz do mestre. Desta vez foi a alegada agressão de Cardozo a Fucile. Antes da ida às cabines não falavam disso, à sua vinda era o discurso na boca de treinador e jogadores.
Contentes com resultado?
- É certo que o historial de resultados no estádio do Porto não é brilhante para o Benfica — vá-se lá saber porquê, mesmo nos tempos dos super-Benficas era sempre difícil ganhar lá, e ainda há idiotas que falam em regime — mas ficar contente com um empate parece mal. O discurso até foi bom: tirar um empate no estádio do adversário não é mau. Mas o entusiasmo não escondeu que aquele empate foi tratado como vitória.
Bom demais?
O clube que não hasteia a bandeira do Benfica, coloca nos placares “Visitante” em vez do nome do adversário como é dos regulamentos, o clube cuja trajecto até sua casa costuma ser marcado por apedrejamentos e outro tipo de arremesso de objectos, o clube em cuja casa se inovam sempre novas formas de agredir e insultar adversários, seja com bolas de golfe, seja com gangs organizados liderados por agentes… desta vez não aconteceu nada disso.
Como justificações fala-se na presença de um observador da UEFA, fala-se na proximidade das eleições para a presidência da FPF e consequente luta de poder, …
Justificações à parte, algo que ninguém falou é do seguinte: todos esses acontecimentos típicos foram agora simplesmente “desligados”, como se de um botão se tratasse. on/off. Aquilo que sempre foi evidente, é-o agora ainda mais, todas essas acções das turbes parecem ser controladas por alguém acima.
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