quinta-feira, 21 de abril de 2011

Do défice à fama de opulência.

Nestes tempos de crise resultante do sobre-endividamento do estado, uma das coisas que nos tem sido apontada é estarmos a viver bem demais, com base em crédito que não conseguimos sustentar. Mas o problema é de dívida pública, por isso estamos a falar do dinheiro que o estado gasta em nosso favor e em como isso melhora o nosso nível de vida.

Vejamos então:

  • salários: são altos? Não. Segundo a OCDE a Irlanda tinha o dobro do salário médio face ao verificado em Portugal. A Espanha 66% superior e a Grécia 27% maior. De facto os salários portugueses são os mais baixos do grupo euro.

  • impostos: são baixos? Não. Não tendo (ainda) os impostos mais altos da Europa, estamos já na média superior.

  • preços: serão as coisas baratas em Portugal? Nem por isso. Temos coisas mais baratas, mas muitas outras com preços semelhantes ou até mais altos que os nossos parceiros europeus, o que resulta em maior esforço na sua aquisição por termos salários mais baixos.

Onde está então a nossa opulência (proveniente da dívida pública, note-se)?


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