O Jorge Jesus tem tido tiradas um pouco infelizes, embora também se exagere muito em relação a isto. Mas hoje foi demais. Segundo ele, deve ser avaliado pelos títulos conquistados que são 3 em 2 anos, comparados com os 6 que o Benfica ganhou nos últimos 17 anos. Portanto, apenas em 2 anos, teria duplicado a cifra.
Este raciocínio tem 2 problemas:
não foram 6 títulos ganhos em 17 anos, mas sim 8. Poucos para a dimensão do clube, ainda assim, mas sempre são mais que 6.
2 dos 3 títulos ganhos por Jesus são Taças da Liga, competição que vai apenas na 4ª edição, sendo impossível, portanto, ter sido ganha no passado, quando ainda não existia.
O que Jesus não disse, mas merece ser dito, é que pôs o Benfica a jogar como há muito não se via. Fez uma época passada excepcional, embora com alguns deslizes. Recuperou jogadores que já por cá andavam emprestados ou sem rendimento e agora são alvo de cobiça internacional. Criou uma equipa competitiva. É certo que este ano podia ter feito melhor, perdeu quase em toda a linha contra o principal rival interno, mas ainda tem um score minimamente positivo — meias-finais da Taça de Portugal, Taça da Liga ganha, 2º no campeonato e, para já, meias-finais da Liga Europa — algo que no passado recente não passavam de miragens.
Creio que Jesus ainda tem crédito, mas tem que aprender com os erros e não repeti-los na próxima época.
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