quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Contos de uma dívida da República.

Portugal coloca montante máximo e arrecada 1500 milhões de euros.

O que tem esta notícia de interessante? Destaco 3 coisas:

  1. «“(…)na dívida a 3 meses esperava que Portugal conseguisse dinheiro emprestado a um juro mais baixo, porque ainda ontem a Grécia emitiu 1500 milhões de dívida a 3 meses e conseguiu uma taxa de 4,61%. Nós hoje conseguimos 4,972%.”»;
  2. «No leilão de Bilhetes do Tesouro a 3 meses (…), sendo que neste leilão a procura foi duas vezes superior à oferta.»;
  3. «Já no leilão de Bilhetes do Tesouro a 6 meses, (…). Neste leilão a procura superou 3,7 vezes a oferta».

3 notas:

  1. Expliquem-me outra vez a história dos mercados serem racionais e depois a parte de Grécia conseguir juros mais baixo.

  2. E já agora também me faz confusão ouvir a toda a hora que Portugal está na iminência de ficar sem financiamento quando qualquer colocação de dívida no mercado regista sempre procura N vezes superiores à oferta…

  3. Lançamento de dívida a 3 e 6 meses? Não percebo. Só olhando para os 1000 milhões lançados a 3 meses a cerca de 5%, representam 12 milhões em juros… em 3 meses. Que eu perceba a necessidade de ter o dinheiro já, até percebo, mas se é para pagá-lo em 3 meses com um prémio de 12 milhões pelo caminho, já não percebo: se não há dinheiro agora, também não vai existir daqui a 3 meses, muito menos com esse prémio à cabeça. Algum sentido nisto deverá haver, certamente, gostava era de perceber qual.


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