sábado, 15 de outubro de 2011

Steve Jobs, Dennis Ritchie

Steve Jobs morreu a 5 de Outubro de 2011. O mundo comoveu-se e prestou-lhe uma devida homenagem, a uma escala verdadeiramente global. Até Cavaco Silva lamentou a perda.

Dennis Ritchie terá morrido a 12 de Outubro de 2011. Foi-lhe prestada uma homenagem moderada sobretudo em meios técnicos e mais fugazmente em alguns meios generalistas.

Dennis Ritchie, também conhecido pelas suas iniciais dmr, que designavam o seu username de sempre, foi um dos pioneiros da computação actual, criador da linguagem de programação C e co-autor do sistema operativo Unix. A sua influência em grande parte da tecnologia moderna é inegável.

Logo surgiram indignações pela diferença da proporcionalidade das reacções a ambos os óbitos. Steve Jobs teria sido endeusado, Dennis Ritchie ignorado.

Neste meu modesto e insignificante cantinho peço que se deixem disso. Tenho a certeza que dmr não daria qualquer importância a este tipo de coisas.

Percebo a crítica mas é algo com que já sabemos contar. Steve Jobs era uma estrela, estava para os CEOs das tecnológicas como a Madonna para a música. Tinha uma enorme massa de fãs e era uma figura pública com muito tempo de antena. dmr era um técnico (de excelência). Estava reformado, de vez em quando dava umas entrevistas a publicações técnicas, era reservado e não era estrela nenhuma. Até a sua morte foi reservada. Ainda hoje não se sabe ao certo a data, inicialmente falou-se em 8 de Outubro, agora fala-se em 12, mas a única certeza é que a notícia foi dada ao mundo no dia 14 pelo seu ex-colega e amigo Rob Pike, via google+, sem grandes detalhes.

Podemos criticar o, talvez exarcebado, valor que a sociedade presta a tudo o que é mediático em contraste com a forma que ignora o que não é. Mas que interessa isso? No final não tem qualquer importância.


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